Na busca pela recuperação do seu prestígio nacional, poucas vezes o torcedor do Santa Cruz viveu uma partida tão sofrida quanto a semifinal contra o Náutico, nos Aflitos, neste domingo. O time bicampeão entrou em campo com a vantagem do empate, sofreu gol que levava a partida para sorteio, depois viu o critério de desempate por cartões criar uma alternância grande,
mas no final conseguiu um gol, com Dênis Marques, que levou o time para a segunda final seguida diante do Sport, mesmo com a derrota por 2 a 1.Antes da decisão, o Santa Cruz jogará contra o Internacional pela Copa do Brasil, na próxima quarta-feira. Em seguida, o time tricolor já iniciará a preparação para o primeiro jogo da final, que será no Arruda, no próximo domingo. A decisão pode acabar na Ilha do Retiro, como foi em 2012, no dia 12, ou caso tenha dois empates ou vitórias para os dois times com resultados iguais, a decisão será levada para um terceiro confronto, que tem mando de campo da Federação Pernambucana de Futebol.
Neste domingo, aos 15min do primeiro tempo, o Náutico abriu o placar com um golaço, que levaria a decisão para sorteio e acabou com as especulações sobre crise entre os dois atacantes.
Aos 32min, Willian Alves fez falta em Rogério e levou cartão amarelo. Com isso, pela primeira vez o Náutico passou a se classificar para a final pelo critério do menor número de cartões amarelos. Mas três minutos depois, o árbitro aplicou o amarelo para Martinez, em uma falta normal na intermediária. Ele justificou lembrando as outras faltas do capitão alvirrubro, mas na verdade fez com que o jogo voltasse à condição de empate até no número de cartões e tirou de si a responsabilidade de “indicar” o finalista.
As equipes foram ao intervalo com placar que levava o jogo ao sorteio, mas querendo marcar para o Estadual não ser marcado tão seriamente por um péssimo regulamento. O jogo recomeçou nervoso e equilibrado. E o árbitro aplicou amarelo para Jones Carioca aos 8min do segundo tempo. Dessa maneira, a vantagem voltou para o Santa Cruz, após a falta sofrida por Anderson Pedra.
Aos 13min, Renatinho sofreu falta quando puxava contra-ataque, mas o árbitro evitou aumentar vantagem de cartões. Em seguida, empatou tudo novamente dando amarelo para o Tiago Costa, após o lateral chutar uma bola para fora do campo. Aos 16min, o mesmo jogador fez falta que tirou chance de gol de Rogério e o árbitro não expulsou o jogador, errando claramente, mas sem querer ter a possibilidade de decidir o finalista por cartão aplicado.
Aos 21min, Luis Eduardo faz falta sobre Raul e tomou mais um cartão amarelo. Mais uma vez, vantagem foi para o Santa Cruz no número de cartões amarelos, que ficava 4x3. Na cobrança, Everton Sena chutou por cima, mas o cartão chamou mais atenção.
O Santa Cruz fez uma blitz ofensiva poderosa pouco antes dos 30min, mas Flavio Caça-Rato e Dênis Marques perderam as chances mais claras, com boa defesa de Felipe no primeiro lance e chute na trave após o centroavante pegar o rebote. Logo depois, no entanto, Renatinho sofreu pênalti em jogada pela esquerda, em que Alison tocou o meio-campista. Dênis Marques cobrou e criou grande vantagem para a classificação do Santa Cruz, já que o time se classificaria mesmo com um 2 a 1.
O centroavante levou amarelo, mas após o empate não havia mais a possibilidade de desempate pelos cartões. Aos 37min, Rogério caiu na área e o árbitro marcou pênalti. Tiago Cardoso reclamou muito com Gilberto Castro Júnior, afirmando que o atacante se jogou. Mas Elton foi para a cobrança e fez 2 a 1, dando ainda mais emoção à decisão. Mas o Santa Cruz conseguiu manter a bola no setor ofensivo, teve as melhores oportunidades e acabou sendo premiado com a classificação.
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